6.7.09

Concepção






Um dia desses parei-me diante de uma fotografia, na qual um homem trajava sua melhor vestimenta, entretanto, aquele homem não se reconhecia na tal veste, sendo ela, como ele mesmo disse, apenas uma fantasia diária, necessária para o desempenho de sua função.
E diante de tal fato acabei por escrever um devaneio que segue abaixo:

"O importante não é chegar, mas sim saber onde se está chegando. Muitas vezes nos preocupamos com o caminho. Muitas vezes escolhemos o mais fácil, sem nos atermos ao modo como faremos a caminhada. Nossa angústia em chegar, faz com que ceguemos, nos esqueçamos de coisas tão simplórias. Acredito que o importante mesmo é chegar aonde se deseja sem deixar nada para trás.
Chegar não esquecendo os motivos que o levaram até ali. Chegar sem esquecer aquilo que és.
Um dia eu ainda chego, mas sem esquecer-me do que fui durante o caminho percorrido e do que serei com o exaurimento da minha caminhada, a meta alcançada. Sem esquecer-me de mim, do que sou, das minhas concepções, vontades, anseios e crenças.
Esse é o ganho mais importante que se pode obter"

-A.B.P.S

O que eu quis transpor é que não é uma veste que dirá quem sou, nem uma profissão que requer uma certa cerimônia me fará deixar de usar meus vestidos e chinelo. Não é a quantidade de pecúnio que eu possa vir a ganhar que me transformará numa pessoa mesquinha, que subestima aos outros, afinal caráter não é peça promocional de barraquinha.
O que quis dizer é que independente do cargo que se ocupa, da "farda" que se veste, todos nós ainda necessitamos saber quem somos, saber a força que nos move e a essência que corre em nossas veias.

Basicamente isso, basicamente assim.